quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dandy no sul

“Não deverias fazer isso. Sabes que não vais terminar”, dizia eu, devagarinho a mim próprio, enquanto fugia do fim. Cabelo na areia, numa capela praia, mar nos ouvidos, e um frio enorme que me desejava transportar até ao altar.
Nunca ia até ao fim da minha basílica privada, ficava – como ainda fico – no meio, sentado como o profeta a pensar; enroscado no Inverno do mar vazio. Vultos no princípio, e, no fim. Eu sentado… sem nada, ou ninguém.
O sobretudo abotoado, sapatos nos pés, no areal; dandy ao vento, a sul, ao sul.


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