quarta-feira, 28 de abril de 2010

Babel

Tenho uma comissura entre as folhas de devoluções, “Auster para aqui, Onetti ali, e o Sebald, Hugo, Rennie Airth, Hesse, Moravia, Shepard, Mutis, Chris Petit, Ilse Pollack, Kaminer, e foda-se…”. Desramo os dias como num antelóquio ministerial. Dias com murídeos nos olhos, a traquinar entre as pestanas, cerrá-las às sete pancadas rítmicas.
As devoluções são Jim Black em catadupa, porradas no crash do ceroferário da Livraria.
“Se eu tirasse o doutoramento…”
“ Mais uma devolução. Podes separar?”, e nascem quadros nas coisas que agarram a Bertrand, Sodilivros, Centro Atlântico. Castelos nas minhas mãos caladas, cada vez mais caladas, são silêncio ou o desejo de o ser, “ Se eu continuasse a tocar…”.
Sou um hipomóvel sem cavalo.
Abre mais uma Livraria, e eu nada. Dizem que é assim, assado e tal, nada. Cartuxo até à medula. Se gosto de novidades? Virtualmente em segunda mão... gosto assim-assim.

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